segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Era uma vez...

Era uma vez alguém que procurava na voragem dos dias a sedução do que era novo, do diferente. Porque quando o que era novo e diferente se tornava conhecido e igual a tantas outras coisas que já conhecia, desvanecia-se a sedução e o desinteresse instalava-se, trazendo consigo o cansaço, o tédio, o desencanto... E tornava-se necessária uma nova procura do novo e do diferente. Antes ainda de se ter arrumado num canto ou fechado no baú das memórias o que se tinha tornado conhecido e igual. E porque isto ainda não tinha sido feito, eram necessárias novas máscaras, novas mentiras que mantivessem o conhecido e o igual, no caso de não conseguir obter o novo e diferente.
Quaisquer que fossem as características do novo e do diferente, invariavelmente se transformavam em conhecido e igual. Porém...
...Um dia aconteceu alguém. E, subitamente, o novo e o diferente que havia nesse alguém tinham a magia de se renovar todos os dias. E não havia cansaço, nem tédio, nem desencanto. Porque no despertar de cada dia, uma borboleta metamorfoseava-se numa dança de mil cores, reflectidas no brilho dos meus olhos rendidos ao encanto do movimento incansável de umas asas feitas de pedacinhos de arco-íris.

1 comentário:

  1. Sei que o encanto e a magia dessa borboleta vão conseguir "prender-te" e que, ainda que "presa", te sentirás livre e feliz.

    ResponderEliminar