sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Home alone


Às vezes sinto-me como se estivesse numa casa com centenas, com milhares de quartos. E em cada quarto havia uma pessoa. Ou várias pessoas. 
Havia. Houve. Porque o que sinto agora é o eco distante de passos que se foram afastando, um dia após o outro. 
Houve portas que se foram fechando, deixando vazios os quartos onde antes havia vozes e risos e canções que faziam de cada dia um borbulhar constante de vida.
Não sei em que momento nem porquê os quartos foram ficando desertos. Mas pesa demais o silêncio que ficou.

Mea culpa, porque não soube fazer diferente.
Mea culpa, porque deixei que o orgulho me impedisse de dizer:
"Não partas."

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