quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eu, Ela, Nós...


"Nada acontece por acaso", costuma dizer uma borboleta que eu conheço. De facto, ao entrar no Blogger para escrever um post com considerações várias sobre aquilo a que eufemisticamente alguns chamam "amar diferente", apercebi-me de que este é o 100º post. WOW!!!
Para alguém que foi meio arrastado para o mundo bloggeriano nem está nada mau! E, independentemente da forma como deixámos de nos falar (e eu assumo a responsabilidade das muitas asneiras que fiz e das muitas mentiras que contei...), devo à Dani não apenas a minha iniciação na escrita bloggeriana, mas principalmente o facto de ter sido através dos blogs que conheci a mulher especial que é a Filipa. Mas isso são outras histórias, algumas das quais já aqui contadas.
O post de hoje vem na sequência de uma constatação recente e que, há uns anos atrás, me teria deixado muito mais aliviada para viver o que sou e como sou. De que falo? Da percepção que tive, através da descoberta de dezenas e dezenas de blogs (e eu nem sou propriamente leitora assídua deste tipo de escrita, nem o trabalho me deixa muita disponibilidade para ler a meia dúzia de blogs que sigo e "alimentar" os três em que sou (co)autora) de que existem dezenas e dezenas de mulheres que partilham nesta forma de escrita a experiência de amar alguém do mesmo sexo.
Saber que não estamos sozinhas na aventura do amor (que por si só já é algo complexo) por uma mulher pode não resolver nem uma ínfima parte dos problemas quase sempre inerentes a essa situação, mas ajuda muito e dá-nos o conforto de saber que, quando se ama, não há impossíveis que não possam ser vencidos.
O facto de uma mulher amar outra mulher não é, não pode nunca ser tido como uma opção: os sentimentos não são opcionais. E o EU que sou, esta pessoa que faz parte de uma família, quem tem um grupo de amigos, não é mais nem menos diferente só porque conjuga o verbo amar, tendo como complemento directo uma forma pronominal feminina. Quem ficaria chocado se eu dissesse: "Eu amo alguém"? Porquê então tanto alarme se eu disser: "Amo-a[ELA]"?
Ainda que consciente de que a maior parte das pessoas vê nisto muito mais do que uma problemática de género gramatical, quero deixar neste 100º post um abraço muito especial a todos NÓS que, acima de tudo, amamos. Porque se há algo que nunca será condenável é certamente o AMOR.


9 comentários:

  1. Posso dar-te os parabéns por este post? Então parabéns por cada palavra que aqui escreveste.

    Retribuo o abraço porque senti este post como um bocadinho meu *

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    1. Muito obrigada pelos parabéns. Este post é meu, teu, de todos os que AMAM... Independente do género do sujeito e do complemento directo. :D

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  2. nao poderia escrever melhor meu amor.... e sinto como tu que nao estamos sós e como o verboa AMAR é tao mais importante que o sexo que se ama...

    e eu AMO TU!!! sem tabus nem medos... porque é ao AMAR.TE que define quem sou. quem somos =D.

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  3. Há quanto tempo eu não te visitava... Fi-lo hoje. Ainda bem. Porque me soube tão bem o teu abraço. Agradeço-te teres traduzido neste post o que sinto. Adoro tu. Ainda me queres como tua sister? :$

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  4. Isso é lá coisa que se pergunte, little sis? Mesmo que não apareças, vai dando notícias. Preocupa-me não saber de ti, se estás bem... Beijinho grande

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  5. Quando se ama é o melhor sentimento do mundo, enche-nos e preenchenos por completo. É bom quando o amor é simplesmente isso, o melhor de todo o SENTIR.

    Beijo

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  6. Adorei o post :D Amar é tão lindo, tão bom! É o melhor verbo do mundo! O sujeito e o complemento directo é indiferente, AMAR dá para ser conjugado com qualquer um mesmo ^^

    Beijinhos, parabéns e um abraço também para ti que amas!

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